A inovação e o investimento em tecnologia de ponta como os que vimos hoje aqui na COPPE são o melhor caminho para o desenvolvimento e a geração de riquezas num país.
Com esta frase, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, iniciou a aula inaugural que proferiu sobre o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação: agenda estratégica para o país”, na manhã desta quarta, 17 de março, na COPPE/UFRJ.
Para um auditório lotado, Aloizio Mercadante destacou que o MCT vai priorizar investimentos em tecnologia e inovação. Segundo o ministro, o Brasil já vem realizando esforços para propiciar um avanço tecnológico, mas ainda é preciso muito mais. “Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento em 2009 foram da ordem de US$ 24,2 bilhões, mas isso representa apenas pouco mais de 1% do Produto Interno Bruto (PIB)”, afirmou Mercadante.
O diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa, destacou a importância da ousadia para viabilizar pesquisas e projetos em inovação tecnológica.
Ao final da aula inaugural, o ministro mostrou preocupação com a perda de royalties do MCT, que pela nova regulamentação de 2012 a 2020, votada no Congresso no ano passado, passará de uma receita de R$ 16,9 bilhões para R$ 4,7 bilhões, resultando numa queda de 72%. Mercadante pediu o apoio da Coppe no sentido de ajudar a mobilizar a comunidade científica para, junto com governo e parlamentares conseguirem reverter este quadro.
O Ministro ressaltou ainda a necessidade de aumentar o número de engenheiros no país, incentivando a qualificação profissional e anunciou que o CNPq, em conjunto com a Capes, do MEC, implementarão um programa específico neste sentido. De acordo com ele, enquanto que na Coréia de cada quatro formandos em graduação um é engenheiro, no Brasil esta proporção é de 50 para 1, o que já representa um quadro de déficit de engenheiros no país.